Reforma: 78% dos brasileiros rejeita verba de empresas em campanhas
Brasília A pesquisa IBOPE divulgada nesta terça-feira (06), pelo presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, revela que 78% da população é contrária as doações de empresas para campanhas, e 80% afirma que deveria haver um limite máximo pra uso de dinheiro público.
O resultado deixa claro que este balcão de negociações em que se transformou o financiamento de campanhas não será mais tolerado pelo eleitor, afirmou Marcus Vinicius.
Outro ponto com ampla aprovação é em relação à punição mais severa para a prática de caixa dois, que recebe o apoio de 90% dos entrevistados.
De acordo com o projeto de lei Eleições Limpas, responderão pelo crime de prática de caixa dois, além do candidato, os integrantes do comitê financeiro e quem efetuar a doação ilegal de recursos. As penas previstas são de dois a cinco anos de reclusão.
Para o diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Marlon Reis, o projeto eleições limpas é a reforma política esperada e possível. Essas mudanças estão ao nosso alcance. Elas nascem da sociedade, pela sociedade e para a sociedade, pontuou o diretor.
Para conhecer na íntegra o projeto de lei Eleições Limpas,clique aqui.
Para conferir a íntegra da pesquisa, clique aqui.
8 Comentários
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Discordo dos que propõe que o dinheiro dos impostos que eu pago, ao invés de serem usados para melhoria da saúde, educação, segurança, urbanização e obras de infra-estrutura sejam usados para financiar propaganda de quem eu não apoio, de quem prega políticas contra as minhas convicções, para pagar propaganda de bandidos, e se houver, e sobrar, pagar a campanha de quem eu apoiaria.
Essa demonização das empresas é algo ridículo que se disseminou no Brasil, são as empresas que mesmo sendo assaltadas pelo Estado pagam os salários, investem em pesquisa e desenvolvimento nesse país, e apoiam aqueles políticos que não se opõe ao trabalho, crescimento, prosperidade e lucro que desenvolvem com suas atividades.
A maioria esmagadora das pessoas que são a favor desse financiamento público, ou estão no poder, ou nunca colocaram 1 só centavo como doação para o comité do político no qual votou nas últimas eleições, e provavelmente não fiscaliza seu eleito, ou os demais políticos do partido que gosta, aí acha que reduzindo à zero o custo de um político fazer propaganda para entrar no poder vai evitar todo o sistema de corrupção, sem sair de sua casa.... tsc. continuar lendo
Financiamento de campanha por empresas seria o mesmo que "comprar" o parlamento para que este defenda a economia do empreendimento investidor.
Dai a inversão de valores que assistimos hoje:
SERVIMOS A ECONOMIA AO INVÉS DA ECONOMIA NOS SERVIR continuar lendo
Eu acho que campanha política tem que ser feita com austeridade, sem gastos do erário e sem nenhuma verba de qualquer empresa. Aliás, precisa-se urgentemente fazer uma reforma partidaria para acabar com o voto de cabresto, aquele do tipo indicado sem a vontade popular. O país hoje está no que está devido o oba-oba politiqueiro que existe entre os políticos e as empreiteiras. continuar lendo
Com políticos e empresários iguais aos do Brasil, óbvio que se uma empresa faz doação para campanha de um candidato X, tem que haver o retorno (com juros, correções e uma pitada de fraude em licitação) do dinheiro gasto naquela campanha. Onde ambos sairão ganhando, enquanto a sociedade sempre saiu e sairá perdendo:
dizem que em torno de 500 bilhões ao ano. continuar lendo